Posted by : luh reynaud quarta-feira, 27 de abril de 2016



Saudações, família! Sem mais delongas, vamos ao capítulo quatro de “Atrás de Você”?

Capítulo 4: Separação

[Lucas]
Sete caminhos, sete de nós. Eu como líder, nem mesmo precisei falar, íamos nos separar.

Firebrand apareceu em nossa frente.

[Leonardo]
Olhos mas mãos, cara de monstro e garras assustadoras. Firebrand era uma lenda, principalmente quando Noah se torna o centro das atenções de uma conversa.

[João]
Dei um passo a frente e todos sabiam o porquê.  Firebrand era meu inimigo.

- Senhor F., nossa hora chegou. – Firebrand bateu as mãos, me assustou e fez o mundo virar. Logo estávamos a sós.

- Venha garoto, eu irei te ensinar. – Disse Firebrand – Nossa estrada está apenas começando!

- Tudo bem. – Respondi – Mas eu quero fazer uma pergunta antes!

- Como quiser.

- Como bateu palmas com os olhos nas mãos?

Vi um sorriso se formar naquele rosto estranho. Andei para trás dele.

Firebrand

[Leonardo]
Máscara branca. Um sorriso macabro. Roupa de fanfarra. Em três frases eu consigo dizer tudo o que é preciso saber sobre Swain. Ele era o equivalente ao Masky dos Protetores, portanto meu inimigo.

Coloquei a mão na máscara e a pus no rosto, mas a visão de Swain não havia mudado para mim, aquele sorriso estático ainda gelava minha alma, mesmo que minha máscara não me permitisse ter medo.

- Então, você é o cara novo? – Ele disse numa voz abafada – Está pronto para sentir dor?

- Eu não vou sentir dor alguma... – Respondi cerrando os punhos – Mas você vai.

Swain andava de um lado para o outro mexendo na máscara como se ela fizesse parte do rosto dele, me pergunto o que havia por baixo dela.

- Não há nada, garoto, não há nada embaixo da máscara. – Me assustei dando um passo para trás quando ele respondeu minha pergunta mental. Nos meus estudos, Swain não tinha poderes mentais, ou armas, ele apenas lutava usando as mãos. Parei por uns segundos com o monstro parado em minha frente.

- Será que...? – Mal pude terminar a pergunta, Swain apareceu atrás de mim, golpeando-me e fazendo cair. A mesma voz abafada soou alto.

- Sim, todos me fazem a mesma pergunta, eu não preciso ler sua mente.


[Vanderson]
Eu estava num puro mundo de sombras, não conseguia ver e em poucos momentos, nem mesmo sentir meus membros e meus movimentos. Isso me assustava. Poucos sabem, mas normalmente o Guardião correspondente ao Portador tem poderes semelhantes. Mas não em meu caso, não no caso da câmera que tudo vê. Pois seu oponente era cego... Era ela...

- Cursor! – Ouvi um grito ao longe – Como vai meu Portador favorito? – Nas sombras eu não conseguia vê-la, mas a voz me fez imaginar uma mulher bonita. Não, não era imaginação, era uma visão, eu podia realmente ver, e os esparadrapos sobre os olhos me causavam uma grande perturbação.

Senti algo frio como madeira tocar minha pele. Cursor estava perto.

- É um pouco injusto não acha? Eu não posso enxergar aqui!

- Eu já pude enxergar, portador. Mas isso me fazia mais fraca.

Dei um passo pra trás e virei dando um chute alto, que acabou por não acertar nada. Levei uma rasteira.

- Você não vê mesmo não é? – Cursor estava rindo.

- Claro que não, está tudo escuro aqui!

- Ah, agora entendo... Você está tentando ver com os olhos.

- Com que mais eu poderia ver?

Cursor colocou o bastão em meu peito.

- É melhor descobrir rápido, portador, ou a Cursor aqui vai te matar bem rápido.

[Natália]
Um corredor era todo meu espaço de luta. Minha mão já estava na faca antes mesmo que minha miopia pudesse focar qualquer coisa naquele lugar. Mas era um corredor, disso eu tinha certeza, logo usar um corte em arco era impensável.

Minha cabeça doía. Lembrei de algo que eu não gostaria: meu inimigo não precisaria usar um corte em arco.

- Deadhead – Espraguejei, mas ele não respondeu.

Capuz vermelho e uma caveira além do longo silêncio eram as características desse Guardião. Possivelmente seria a luta mais difícil: achar um ponto fraco, lutar contra alguém que você não pode tocar, num lugar onde você não pode se mover. Já que não íamos conversar de qualquer forma, ataquei pulando na direção dele, que olhou para cima.

Eu diria que o rosto era de confusão, mas não, ele era apenas uma caveira, não tinha sentimentos. Joguei a faca no peito de Deadhead, que olhou pra baixo e a tocou e sem tirá-la do peito, rugiu um grito de guerra ensurdecedor, para em seguida avançar com as mãos para frente.

Fechei os olhos e torci para cair no chão a tempo de desviar.

[Gilson]
Eu estava novamente em uma casa abandonada. Eu odiava casas abandonadas, principalmente se eu estivesse sozinho, e lá estava eu, em outra, outra casa feita de madeira, outra casa antiga.

Uma casa observada por Persolus, a silhueta assustadora, o conhecido por nunca tocar em alguém, o guardião mais distante, e o que tem a magia mais poderosa. Ele nunca precisava chegar próximo do oponente para estraçalhá-lo.

- Meu Querido Gilson, posso lhe ver de onde estou.

- Eu não posso te ver, Persolus, então por que não vem aqui?

- Se você sabe o mínimo sobre mim, sabe que isso não faz o meu estilo de pessoa.

- Eu achei que eu fosse importante para você.

- Mas você é, por isso irá se divertir na minha Casa dos Horrores, não dou isso pra qualquer um.

- E se eu te achar?

- Me mate, se conseguir. Eu duvido muito que passe de um único quarto.

- Eu também sou um usuário de magia, Persolus.

- Eu sou o mais poderoso de todos, Garoto.

- Você não está entendendo bem o que isso significa...

- Então me mostre.

- Quando uma porta é aberta, pessoas dos dois lados podem entrar, e assim eu posso te responder em palavras usando o canal mágico.

Persolus não respondeu. Abri o livro enquanto as paredes se fechavam ao meu redor, li algumas palavras e apareci ao lado de Persolus, que me olhou assustado. Ele fechou seu próprio livro mágico e me apontou a luneta.

- Você está perto demais, garoto.

Olhei meus pés: o chão estava coberto de runas.

Armadilha.

[Thales/Habit]
- Como é estar aqui pra você, Thales?

- Mais estranho que pra você, que está acostumado a morar aqui.

- E o que acha de falar comigo usando seu corpo?

- Estranho, no mínimo. Meu corpo diz duas frases, mas apenas uma é minha.

- Ótimo, apenas estranho. Você é um bom coelho.

- Fico feliz de ser um bom coelho, mas...

- Mas...?

- Você sabe quem está aqui, certo, Habit?

- Mr. Scars, seu Guardião.

- Nosso agora.

- E você não quer matar o Milo.

- Mas não tenho escolha, Habit, não tenho escolha!

- Nenhum de nós tem, meu garoto.

A terra se abriu, mas pulei para o lado. Habit comandou o corpo, eu a ideia. Com um giro de corpo a foice estava no pescoço de Milo.

- Eu já disse garotinho – Sorriu Mr. Scars – Eu não sou o Milo, nunca mais serei... Esse sou eu agora, e eu te darei cicatrizes mais feias que as de um lobo.

Habit sorriu.

- Sinto dizer que o lobo será derrotado pelos coelhos.

Olhei para frente.

- Na verdade, nos tornamos um coelho só.

Metade do sorriso era meu, metade de Habit. A consciência se juntou completamente de novo. Era hora da guerra.

Observador

[Lucas]
Líder contra líder. Lucas contra O Observador. Ele via tudo. Eu precisava saber de tudo. O campo era toda a floresta.

Isso ia machucar, eu tinha certeza, mas queria continuar imaginando que era apenas ele quem iria se ferir.

- Líder dos Portadores, foi você o eleito, não é?

- Eu sempre fui o líder, isso não tem relação com meu item.

- Eu pretendia enfrentar o Habit, não que algum portador fraco possa controlar aquele espírito. De qualquer forma, você é fraco demais.

- Não fale dos meus amigos! – Dei um soco no ar – Você não tem esse direito, apenas eu!

- Sabe, não recebi esse nome à toa.

- Eu sei, você observa tudo.

- E eu vejo, eu observei sua fraqueza, e são eles.

-Errado! Eles são minha força.

- Você quer mesmo acreditar nisso?

Avancei dando tiros, pois não ia deixar um garoto como ele falar de meus amigos, da minha família. Não existe perdão pra isso. Mas ele desviou de todas as balas.

- O fim é começo, líder! Atire, atire! Você não vai me acertar.

Ele se aproximou usando a mão direita para me atacar, errando, mas a cada golpe o espaço abria um vácuo no ar, e um rombo no chão.

- Você vai morrer, líder!

- Então te levarei comigo para onde você quiser me levar! Boa sorte! – Meu braço começou a sangrar, mas atirei novamente.

[João]
Firebrand não ia lutar, ele não era assim. Nossa conversa foi simples, mas demorada, e eu sabia exatamente o que fazer.

Um gato estava aos meus pés, e ele salvaria Natália.

- Félix, você sabe o que fazer.

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