Posted by : luh reynaud quinta-feira, 7 de abril de 2016


Saudações, família! Segue o terceiro capítulo de Atrás de Você, série de contos escrita por Thales Geovanne, ideal para quem gosta de creepypastas e RPGs de ação!


Este é o terceiro capítulo que seguirá o mesmo projeto de narração dos anteriores. Caso tenham qualquer pergunta, como sempre, ficarei feliz em ajudar. Divirtam-se, boa história.
~Thales Geovanne


Capítulo 3: O Guardião do Portão do Inferno

[Natália]
Nós sete demos as mãos. A faca estava no centro do círculo e eu a usaria para nos levar ao Slenderverse. Não faço ideia sobre o quanto isso é perigoso. Meu nariz estava sangrando mas eu continuava concentrado.

Eu podia sentir por completo o poder dos meus amigos. Então foi apenas um pulo, e sumimos. Aparecemos no meio de uma floresta.

[Vanderson]
Estávamos lá, então eu precisava olhar, minha câmera via um mundo bem mais sombrio que meus olhos.  Isso era extremamente confuso para uma mente humana como a minha, mas possivelmente simples para um ser de outra dimensão.

Me juntei com Gilson. Ele colocou a mão sobre a minha câmera, recitando uma magia para que os segredos dali se revelassem.

[Gilson]
- Revele seus segredos!

O mundo era definitivamente diferente. No início parecia uma floresta, mas agora era mais como um cemitério. Um portão ao longe tinha o nome de “Slender”, e era para lá que precisávamos ir.

O dia se tornou noite em poucos segundos enquanto andávamos, as lanternas de algumas câmeras criadas pelo diário de João eram a única luz que tínhamos.

Os limites dos poderes não deviam ser testados agora. Poucas palavras foram ditas. Não precisavam e nem deviam ser ditas. Na verdade não existiam palavras ali.

Ali era o local onde o silêncio caiu.  Ali era o fim. Não entendo como não morri nos primeiros cinco segundos.

[João]
Criar algumas coisas no diário, apagar algumas coisas do diário. Isso me assustava mais do que eu gostava de admitir. As lendas do diário me contavam coisas que eu gostaria de falar com todos, mas sempre que eu abria a boca, nada saía. Era como um sentimento ruim, era um momento péssimo, mas sem dúvida, de um destino horrível.

Aquele destino. Um nome que não tinha significado. Mas que valia mais que um dicionário inteiro.

[Thales]
Ali Habit era bem mais forte que em minha realidade, e voz dele gritava em minha mente para que eu matasse o "Homem-Palito". Eu devia ser um senso de diversão para ele.

O coelho ia me devorar, e a ironia disso era minha imaginação me ver como um leão.

Então comecei a rir. Mas não era eu.

- O Coelho, derrotará todos os fracos!

Todos me olharam enquanto toquei os dedos na testa. Meu nariz sangrava, mas não mais que um segundo por vez, pois o espírito de Habit me curava.  Senti meu olho doer, quando então Léo Me olhou assustado.

[Leonardo]
- O Coelho derrotará todos os fracos! – O grito de Thales foi alto o suficiente para que todos nós ouvíssemos. Olhei assustado para os olhos dele, e quando o fiz, percebi que estavam diferentes. Ou melhor, ficando diferentes. Olhos vermelhos...

Olhos de coelho.

- Thales, maninho, seu olho... – Sussurrou Natália.

- Você ta bem, cara? – Gilson disse, correndo pra ajudar.

Os olhos de Thales sangravam. Ele caiu no chão, que tremeu. De súbito, todas as sombras sumiram e ele estranhamente levantou em seguida. Sorriu fazendo um sinal de legal.

[Lucas]
Aquilo tudo me preocupava. Olhei pro meu relógio, eu devia voltar no tempo. Eu devia usar a algema. Mas ninguém odeia tanto o Homem Esguio quanto eu... E não imagino o que Habit faria comigo. De qualquer forma eu imaginava que era minha culpa.

No fim, ele era a pessoa certa.

- Nunca se esqueça, nesse lugar, em alguma sombra se esconde a toca do coelho. – Thales se aproximou de mim.

Ele disse isso logo após fazer bagunça e um sinal de legal. Aquele era meu amigo, e eu, como líder, não ia perdê-lo.

- Gente, olhem para o portão.

Estava se aproximando rápido. Parei pra pensar, toquei no relógio. Voltando no tempo eu ouvi uma voz: ela falava mais alto que tudo, era um som ensurdecedor.  A primeira voz a ser ouvida foi a de Habit. Voltei para o meu tempo e vi o dono da voz.

The Speaker.

[Vanderson]
A câmera se desfez se tornando uma manopla. Pulei na direção do monstro e o joguei pra longe.

- Vem, monstro!

[Natália]
- Vem, monstro! – Gritou Vanderson.

Passei por cima dele, enquanto João criava um impulso.

[João]
Natália pulou por cima de Vanderson – que deu um grito estranho.

Adiantei-me olhando pra cima, contei os segundos e prendi meus olhos no alvo. Escrevi. Uma parede estava lá.

[Gilson]
Corri enquanto Natália usava a parede de impulso. Li as palavras, o monstro ficou preso em uma magia negra de contenção. Ele ainda tentou se mover, mas conseguiu apenas um centímetro.

Leonardo passou do meu lado.

[Leonardo]
Gilson prendeu e eu corri. Natália pegou impulso na parede e usou a faca para cortar o braço esquerdo do monstro. Já eu, coloquei a máscara e rugi. A faca de Masky se tornou uma katana em minhas mãos, que logo tirei da bainha e guardei logo em seguida.

Speaker era cortado ao meio.

[Natália]
Eu e Léo fugimos com o poder da faca quando o monstro se regenerou destruindo tudo. Inclusive o portão.

[João]
Comecei a procurar a palavra certa, na ordem certa, o primeiro nome. Era necessário achar.

[Gilson]
Entendi João mesmo com poucas palavras, criei um escudo enorme usando minha magia, mas ele não ia durar muito.

[Vanderson]
Peguei o escudo e segurei bem na frente de João. O monstro atacava sem para, o escudo ameaçava rachar...

Estranhamente, Thales estava com as mãos na cabeça.

- Se apresse, cara!

[Thales/Habit]
Habit gritava. Eu gritava. Chegamos a um acordo, um acordo bom. A vitória, sempre será do coelho, os fracos serão eliminados.

Com um pensamento junto: eu não devia lutar. Ele se tornou eu e eu me tornei ele.

O escudo quebrou.  Avancei.

[Lucas]
Criei uma arma, minha arma tinha incríveis balas, que usei para acelerar Thales com uma. O monstro bateu de frente contra mim, mas desacelerei ele com outro disparo, balas poderosas.


Buracos imensos eram criados no peito de Speaker, mas ele se curava.
Juntei minhas armas e elas se tornaram uma metralhadora. Muitos tiros, embora mais fracos... Mas eu o machucava mais rápido do que ele podia se curar.

Ninguém iria morrer. Só ele.

[Thales]
As sombras dos meus amigos se tornaram uma foice em minhas mãos, que utilizei para cortar duas vezes entre os buracos abertos por Lucas. Logo, dei um pulo pra trás, fazendo a foice sumir.

[Lucas]
Lâminas surgiram da ponta das pistolas. Passei por baixo do pulo Thales e cortei Speaker, e a lâmina ficou cravada em seu peito.  Sem parar a corrida eu escorreguei por baixo.

[Thales]
A foice se tornou oito espadas diferentes, todas formadas de sombras, que voaram na direção do monstro.

Natália sorriu, Gilson segurou o livro e seis das espadas se encravaram no monstro. Peguei duas delas no caminho, fazendo-as se adequarem às minhas mãos e, com uma das lâminas, o cortei ao meio verticalmente, com a segunda decepei a cabeça.

- O grande monstro foi devorado pelo Coelho! João, agora!

[João]
Achei o primeiro nome, The Speaker, em alguma língua e o apaguei. Naquele momento ele deixava de existir e queimava em fogo negro deixando apenas cinzas para trás.

[Lucas]
Nos abraçamos, um de cada vez. Haviam lágrimas, risos e preocupações, mas não foi um momento bom.

[Leonardo]
Uma vitória nunca teve um gosto tão amargo.

[Natália]
Nossa batalha simplesmente não tinha acabado.

[Vanderson]
O portão estava aberto pela primeira vez na eternidade. A mesma eternidade que separava a busca pelos itens.


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